Pirataria

A Pirataria teve início na Revolução Industrial quando as primeiras máquinas têxteis, patenteadas na Inglaterra, foram copiadas e fabricadas nos Estados Unidos sem qualquer consideração ou pagamento aos inventores. Durante os anos 80 várias marcas famosas foram alvo da pirataria, tendo em vista a enorme procura e preço elevado dos produtos originais de marcas conhecidas.
Bob Marley feito por campanha italiana contra pirataria
No Brasil, tornou-se muito popular dentre os conhecidos camelôs, que ainda hoje vendem produtos falsificados, sendo estes roupas, acessórios e eletrônicos. Os CDs foram um grande vilão, dando a possibilidade de se fazer dezenas de cópias de um mesmo em minutos, além do baixo peso e baixo custo da matéria bruta, facilitando também a distribuição.
A partir da invenção dos jogos eletrônicos e computadores pessoais, os alvos mudaram, exigindo mais conhecimento e modificando totalmente a forma como se conhecia a pirataria até então. Os produtos copiados não são mais materiais, nem falsificações, não tem uma produção e muitas vezes nem é distribuído fisicamente.
Até recentemente, as cópias não autorizadas de software requeriam troca física de disquetes, CDs ou outra mídia física, mas, à medida que a Internet tornou-se continuamente mais difundida, tornou-se também mais rápida e menos dispendiosa. Antes se necessitava de um complexo entendimento de códigos de computador, mas agora tudo pode ser feito com o clique do mouse.
“A pirataria é o crime do século 21", afirmou Luiz Paulo Barreto, presidente do CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual) e secretário-executivo do Ministério da Justiça. De acordo com a Interpol, a falsificação de produtos movimenta em todo o mundo cerca de US$ 522 bilhões por ano. Só perde para o tráfico de drogas.
Jimi Hendrix
No Brasil, de cada dez CDs e DVDs vendidos, quatro são falsificados. Somente em 2006, foram apreendidos em todo o país mais de R$ 870 milhões em produtos piratas, somando mais de 7,3 milhões de unidades.
As formas utilizadas para introduzir o produto em um país são bem simples: subornos, autoridades compradas, etc.… E o pior: como o transportador é especialista em cruzar fronteiras sem ser percebido, ele traz muito mais do que CDs e DVDs piratas. Nos contêineres chegam armas, drogas, em alguns casos até “escravos brancos”. Por isso pode-se dizer que a pirataria financia o crime organizado.
Muitos motivos levam à compra de um produto de origem pirata, mas os principais são o preço mais baixo e a falta da aplicação de ações punitivas por parte dos órgãos competentes a este crime.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), a cada 'emprego pirata' seis empregos formais desaparecem. Portanto, o que aparentemente é um bom negócio, acaba gerando um grande prejuízo, além de afetar o preço do produto no mercado - quem compra o produto original acaba pagando pelo pirata - e inibi a entrada de novos produtos e investimentos no país. Por exemplo, a Microsoft do Brasil declarou no 1º Fórum do Portal Xbox Brasil, em 26/04/08, que a pirataria é um dos inibidores da chegada da rede Xbox Live no país.
Além de poder frustrar o consumidor nos quesitos qualidade, durabilidade e eficiência, a pirataria de certos produtos, como remédios, óculos de sol e bebidas, por exemplo, pode representar sérios danos à saúde do consumidor, e mesmo sabendo disso, a maioria continua comprando e não imagina o que há por trás da pirataria e o impacto disso na economia e na sociedade. Às vezes porque são ingênuas ou se fazem de desentendidas.
       Essa é uma discussão complexa por ter diversos interesses em jogo. Mas é preciso lembrar que na busca do desenvolvimento e da inserção do Brasil no universo da globalização, não se pode admitir empecilhos como a produção e venda de produtos falsificados concorrendo diretamente com a economia legal.

 
Vídeo da campanha conceito da agência First Floor Under, da Itália, contra a pirataria. Arte feita apenas com CDs sobrepostos.




Por Marilia Marques e Juliana Rocha.




Fonte:
http://mogimirim.blogspot.com/2008/02/guerra-pirataria.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirataria_moderna
http://www.brasilescola.com/curiosidades/pirataria.htm
http://continue.com.br/30/04/2008/pirataria-um-texto-a-respeito
http://www.mbooks.com.br/pirataria.htm
http://www.pavablog.com/2011/04/18/a-pirataria-esta-matando-a-musica/

Os Sonhadores (The Dreamers, 2003)


Na França, no meio de uma revolta cultural envolvendo a Cinemathèque parisiense, os gêmeos Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green) conhecem o estudante norte-americano Matthew (Michael Pitt) e o convidam para morar com eles, enquanto seus pais estão viajando. Se dá início uma relação tórrida e intrigante, em meio a jogos psicológicos sob a temática do cinema clássico, em que os três acabam isolando-se completamente do mundo dentro do apartamento.
É um filme incomum, polêmico, com longas cenas de nudez, sexo e incesto, mas que conta com uma incrível sensibilidade e sutileza. 
E é muitíssimo bem acompanhado por músicas de grandes nomes da época como Janis Joplin, Jimi Hendrix e The Doors, que representam um dos principais interesses dos jovens: o rock, além de ressaltar seus sentimentos e complementar os acontecimentos.

De Bernardo Bertolucci, uma obra "magnetizante e sensualmente provocativa" (Ebert & Roeper).

Trilha sonora:


1.   Third Stone from the Sun - Jimi Hendrix

2.   Hey Joe - Michael Pitt & The Twins of Evil

3.   Quatre Cents Coups - Jean Constantin

4.   New York Herald Tribune - Martial Solal

5.   Love Me Please Love Me - Michel Polnareff

6.   La Mer - Charles Trenet

7.   Song for Our Ancestors - Steve Miller Band

8.   I Need a Man to Love - Janis Joplin

9.   The Spy - The Doors

10. Tous les garçons et les filles - Françoise Hardy

11. Ferdinand - Antoine Duhamel

12. Dark Star - The Grateful Dead

13. Non, je ne regrette rien - Edith Piaf



Por Marilia Marques.

A evolução da Música





   Se pararmos para analisar a música e os meios pelos quais ela chega até nós e comparar a alguns anos atrás, nos deparamos com uma grande evolução. Dos LP's às fitas cassetes aos CDS até as "tracks" disponibilizadas na internet. Se antes necessitávamos das rádios para nos atualizar que, de certa forma, ditava a moda disponibilizando apenas os sons que lhes convinham, hoje basta uma conexão com a internet para desfrutar de todo o universo musical sem nenhuma barreira.
   A música é uma das maiores influenciadoras que existe podendo desencadear N reações e sentimentos, ou até causar um impacto nas pessoas. Mas paremos para analisar como esta grande influêcia passou de espera e ansiedade para ouvir aquele album do seu artista favorito para uma busca rápida e extremamente fácil.
   Antigamente todos dependiam das rádios para ouvir e serem atualizados sobre o seu artista. As rádios ditavam a moda, visto que tocavam o que queriam nelas. E bandas que não eram anunciadas saíam perdendo ou tinham que esperar a procura dos seus fiéis fãs que ansiavam por meses para obter o disco de vinil ou a fita cassete. Ao serem lançado no exterior, os albúns demoravam meses ou até nem chegavam ao Brasil.
   Na década de 50 foi criado o disco de vinil: aquele famoso disco de plástico (ou PVC) que isponibilizava a reprodução da música. Porém estes dependiam do toca discos para a execução. Assim cria-se em 1963 a famosa e atualmente esquecida fita cassete. Sendo o auge da década de 70, a fita cassete passou de ser limitada com 30 minutos de gravação por lado, contudo com uma melhor qualidade do som e muito mais prática. Mas sua fama durou pouco, pois no fim na década de 70 com a nova invenção da Sony ela seria encostada.
   Com o surgimento do walkman iniciou-se a "Era Compactada" onde arquivos eram compactados em um disco (batizado de CD) e que possibilitava a execução deste em aparelhos de rádio e nos próprios.   Portanto a música passou de algo que era disponibilizado em formatos limitados para algo muito mais acessível.
   Com a vinda da Internet, entramos na "Era Prática". Graças à ela, a música encontrou uma das formas mais fáceis de ser distribuída, seja em sites de fã clube, sites oficiais ou até em sites que disponibilizam as canções gratuitamente.
   A dificuldade para se obter a música já foi ultrapassada, e a única preocupação hoje em dia é saber se o mp3, mp4 ou celular vai aceitar o formato da mídia.


Por Juliana Rocha e Marilia Marques.

Vida de Rock Star

A entrevista a seguir foi feita com Acácio Rodrigues de Oliveira, atualmente aluno de Design Gráfico na Unip, mas que de início era um músico que experimentou o gostinho da fama com bandas de rock independentes, enfrentou alguns problemas, mas que, como muitos, corre atrás de seus sonhos, respirando música e criando sua própria trilha sonora.





Marilia – Como era sua vida de músico amador, como você começou?
Acácio – Para ser sincero tudo começou porque eu era dono de uma bateria, embora não soubesse tocar, e o pessoal pensou que eu sabia e me chamou para montar uma banda. Então eu saí da bateria, fui para o baixo e para o vocal. Mas ocorreram alguns problemas com os outros integrantes e fui para outra banda, a “All Time”, com quem fiquei por quase um ano.

Marilia- E qual é a importância da música para você?
Acácio – A música para mim é tudo. Passo vinte e quatro horas ouvindo, me inspirando com as letras...

Marilia – Hoje em dia as bandas estão se promovendo com a Internet, redes sociais (Twitter, Facebook, Myspace, etc). E o que você acha disso?
Acácio – Acho que a Internet é uma opção bem válida para a divulgação das bandas, no caso, muitas delas estão fazendo sucesso graças e na Internet. Muitas, nacionais e internacionais, começaram nela. Algumas da “gringa” fazem até mais sucesso aqui no Brasil do que lá fora por causa disso.

Marilia – Suas bandas se utilizaram desse recurso?
Acácio – A primeiras não, fizemos alguns vídeos, mas não postamos. Já a última tem vídeos, perfis nas redes sociais... Divulgamos bastante.

Marilia – Quanto ao contato com os fãs. Tinha bastante?
Acácio – Para ser sincero, da banda, eu era o que tinha mais contato, apesar de ser apenas o produtor de estrada. Acho que eles eram meio tímidos, e como eu era o mais cara-de-pau, falava com todo mundo, tirava fotos. Tinha até umas meninas louquinhas. (Risos)

Marilia – Então você era o mais assediado...
Acácio – É... Não posso dizer que eu era um Rick Martin (risos), mas é... Um pouquinho só.

Marilia – Como eram as viagens com a banda?
Acácio – Fomos para Campinas, Minas Gerais, viajamos por São Paulo mesmo, para mais longe, tivemos que alugar ônibus. Foi bem divertido. E eu acho bem legal quando você sai do ônibus e tem fãs esperando, é outra sensação!

Marilia – Você tem um estilo bem original... Quando começou com suas tatuagens?
Acácio – A primeira eu fiz há uns três anos, quando eu tinha dezoito, dezenove anos. Depois disso viciei em tatuagem, tenho algumas espalhadas e vou continuar.

Marília – E você tem alguma influência na hora de se vestir, ou até na música?
Acácio – Ah, depende do dia. Eu sou muito de mudar, sabe?  Às vezes estou mais agressivo, ai eu escuto Gloria, Granada... No começo eu ouvia Linkin Park, All Time Low, mais bandas assim... De Nacional também ouvia NxZero, Strike...

Marilia – Bom, falamos da parte boa da vida de músico, mas e a parte ruim? Tem alguma dificuldade em estar na estrada, sentia falta da família, da namorada?
Acácio – Ah, você sente falta da comida da mamãe, porque quando você está na estrada acaba comendo de tudo, ainda mais porque ninguém sabe cozinhar. E sente falta da família, de dormir na sua cama, e da namorada também. Tem as necessidades de todo homem (risos).

Marilia – E como é com a namorada, ainda mais sendo o mais assediado...
Acácio – Ah, também não é assim (risos)... Mas ela precisa se acostumar, e no início você tem que conversar, avisar que vai viajar, aí ela tem que manter a calma e confiar em mim.

Marília – Mas e como aconteceu para você ir para a área do Design Gráfico? Como foi largar o palco, a fama para trabalhar atrás do computador, numa área com menos exposição?
Acácio – Eu tenho o Design Gráfico como uma profissão mais pé no chão. Quando se está na estrada, não dá pra garantir que você vai ter um dinheiro no mês seguinte, mas com design eu posso fazer vários projetos, arrumar minha vida, além de que na estrada você não tem tempo pra nada, nem pra estudar. Então achei melhor estudar e ter uma profissão com estabilidade financeira.


Marilia – Seu sonho, no momento, é relacionado à música ou ao design?
Acácio – No momento é relacionado ao design, quero ser reconhecido, nacional e internacionalmente, fazer exposições... Mas, se surgir uma oportunidade de fazer um som que me permita ser famoso, vou em frente.



Por: Acácio Rodrigues, Juliana Rocha e Marilia Marques, alunos do 1º semestre de Design Gráfico da UNIP.